quarta-feira, 25 de julho de 2012

A Cura de um Cego de Nascença



Texto Base: João 9.1–41

"Ao passar, Ele viu um homem, cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: “Rabi, quem pecou, ele ou seus pais, para que nascesse cego?” Jesus respondeu: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas é para que nele sejam manifestadas as obras de Deus. Enquanto é dia, temos de realizar as obras daquele que me enviou; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. Tendo dito isso, cuspiu na terra, fez lama com a saliva, aplicou-a sobre os olhos do cego e lhe disse: “Vai lavar-te na piscina de Siloé – que quer dizer ‘Enviado’”. O cego foi, lavou-se e voltou vendo claro. Os vizinhos, então, e os que estavam acostumados a vê-lo antes, porque era mendigo, diziam: “Não é esse que ficava sentado a mendigar?” Alguns diziam: “É ele”. Diziam outros: “Não, mas alguém parecido com ele”. Ele, porém, dizia: “Sou eu mesmo”. Perguntaram-lhe, então: “Como se abriram teus olhos?” Respondeu: “O homem chamado Jesus fez lama, aplicou-me nos olhos e me disse: ‘Vai a Siloé e lava-te’. Fui, lavei-me e recobrei a vista”. Disseram-lhe: “Onde está Ele? Disse:  “Não sei”. Conduziram o que fora cego aos fariseus. Ora, era sábado o dia em que Jesus fizera lama e lhe abriram os olhos. Os fariseus perguntaram-lhe novamente como tinha recobrado a vista. Respondeu-lhes: “Ele aplicou-me lama nos olhos, lavei-me e vejo”. Diziam, então, alguns dos fariseus: “Esse homem não vem de Deus, porque não guarda o sábado”. Outros diziam: “Como pode um homem pecador realizar tais sinais?” E havia cisão entre eles. De novo disseram ao cego: “Que dizes de quem te abriu os olhos?” Respondeu: “É profeta”. Os judeus não creram que ele fora cego enquanto não chamaram os pais do que recuperara a vista e perguntaram-lhes: “Este é vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que agora ele vê?” Seus pais então responderam: “Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. Mas como agora ele vê não sabemos; ou que lhe abriu os olhos não sabemos. Interrogai-o. Ele tem idade. Ele mesmo se explicará”. Seus pais assim disseram por medo dos judeus, pois os judeus já tinham combinado que, se alguém reconhecesse Jesus como Cristo, seria expulso da sinagoga. Por isso, seus pais disseram: “Ele já tem idade; interrogai-o”. Chamaram, então, a segunda vez, o homem que fora cego e lhe disseram: “Dá glória a Deus! Sabemos que esse homem é pecador”. Respondeu ele: “Se é pecador, não sei. Uma coisa eu sei: é que eu e era cego e agora vejo”.
Disseram-lhe, então: “Que te fez ele? Como te abriu os olhos?” Respondeu-lhes: “Já vos disse e não ouvistes. Por que quereis ouvir novamente? Por acaso quereis também tornar-vos seus discípulos?” Injuriaram-no e disseram: “Tu, sim, és seu discípulo; nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas esse, não sabemos de onde é”. Respondeu-lhes o homem: “Isso é espantoso: vós não sabeis de onde ele é e, no entanto, abriu-me os olhos! Sabemos que Deus não ouve os pecadores; mas, se alguém é religioso e faz a sua vontade, a este ele escuta. Jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos de cego de nascença. Se esse homem não viesse de Deus, nada poderia fazer”. Responderam-lhe: “Tu nasceste todo em pecado e nos ensinas?” E o expulsaram.
Jesus ouviu dizer que o haviam expulsado. Encontrando-o, disse-lhe: “Crês no filho do homem?” Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu nele creia?” Jesus lhe disse: “Tu o vês, é quem fala contigo”. Exclamou ele: “Creio, Senhor! E prostrou-se diante dele. Então disse Jesus: “Para um discernimento é que vim a esse mundo: para que os que não vêem , vejam, e os que vêem, tornem-se cegos”. Alguns fariseus, que se achavam com ele, ouviram isso e lhe disseram: “Acaso também nós somos cegos?” Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas dizeis: ‘Nós vemos!’ Vosso pecado permanece.”.

Há doenças que nos deixam tristes, desanimados e, até perdemos a fé em Deus e a esperança da cura. Mas Deus quer nos curar, quer nos libertar de todo o mal. Temos aqui um cego de nascença que nunca vira a luz e que permaneceu em trevas até a maioridade. Sabemos que ele era adulto porque seus pais disseram aos judeus no v 23: “... Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo”. Este homem sofre de cegueira  desde o seu nascimento. Sempre dependeu dos outros e,  infelizmente, naquela época os cegos eram mal interpretados pelos religiosos e pela sociedade, eles eram tratados como mendigos, desprezados pela sociedade, e ainda eram taxados como pecadores ou filhos de pecadores.  Observem o que os discípulos perguntam para Jesus ao avistar o cego de nascença: “Mestre, quem pecou, este homem ou seus pais, para que nascesse cego”? (V.2) Ao que Jesus respondeu: “Nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus”.

Jesus apareceu na vida daquele homem para libertá-lo daquela triste e humilhante situação. Deus não castigou a esse homem, e nem a seus pais, por causa de algum pecado grave; mas aquele homem nasceu cego para a glória de Deus! Existe enfermidade que é para a glória do Senhor! A morte de Lázaro foi para a glória do Senhor! A cegueira deste homem foi uma oportunidade para o Senhor Jesus fazer brilhar a Sua graça.

Para curar a cegueira daquele homem, Jesus utilizou um método nunca antes usado (e, se alguém o usasse à parte do Nazareno, também não daria certo).  Jesus “cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego” (v. 6). E disse: “Vai, lava-te no tanque de Siloé” (v. 7).
O lodo que Ele faz aqui é uma figura de Sua humanidade apresentada ao homem. Para poder ver, esse homem deve ser lavado – a Palavra (a água) lhe revela Cristo como o Enviado de Deus (Siloé). O cego vai lá crendo e volta vendo. Então temos a questão de seu testemunho. Os seus vizinhos, os que o conheciam bem, estavam maravilhados. É possível que esse seja o mesmo homem? Uma conversão não pode passar desapercebida. A nossa própria conversão também produziu em nossas vidas uma mudança visível a todos? Será que todos têm percebido a nossa transformação?

O homem cego foi e lavou-se no tanque que fica em Jerusalém, como Jesus o dissera, e “voltou vendo” (v. 7). A glória de Deus realmente foi manifestada na vida daquele; o que não pode ser diferente na sua. Lembre-se: você é o instrumento que Deus quer usar para glória do Seu nome! Jesus usou uma forma estranha e diferente daquela que Ele costumava fazer quando curava alguém; ele cuspiu na terra, e fez lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego e ordenou-lhe: “Vai e lava-te no tanque de Siloé". O homem foi, lavou e voltou vendo”.

Certamente o cego seria curado de qualquer jeito, pois Jesus é poderoso para nos curar por um simples olhar.
Talvez você esteja se perguntando porque Jesus fez uma mistura de barro e saliva, se somente com uma palavra ele ficaria curado? Talvez porque Jesus sempre espera uma resposta de fé.

Os milagres de Jesus seguem um padrão: Ele faz a parte sobrenatural e delega a natural para o necessitado.
Por exemplo: Na ressurreição de Lázaro vemos: “39 Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias. 40 Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11.39-40). Temos uma ação de Jesus e a responsabilidade da irmã de Lázaro, Marta, crer em Jesus.
Na pesca maravilhosa, percebemos a ordem de Jesus, e a resposta de Pedro: “(4) disse a Simão: Faze-te ao largo e lançai as vossas redes para a pesca. 5 Ao que disse Simão: Mestre, trabalhamos a noite toda, e nada apanhamos; mas, sobre tua palavra, lançarei as redes”. (Lucas 5.1-11). Observamos nos milagres a parte sobrenatural de Jesus, e a parte da responsabilidade humana de crer em Jesus e responder com sua fé.
Agora, o fato de Jesus ter cuspido, usado lodo, tanque de Siloé, só mostra que Seu poder é divino, pois é evidente que os elementos em si jamais poderiam curar o cego. O que é uma saliva?  O que um lodo, barro? O tanque de Siloé sempre esteve ali, o cego provavelmente já o conhecia.  A diferença está em Jesus.  O milagre não está nos elementos, mas no poder que emana de Jesus. Também é um milagre que Jesus usa o toque das mãos, sendo que os cegos conheciam o toque físico, e Jesus decide curá-lo tocando-o.

A igreja dos nossos dias está passando por um momento, de surdez e cegueira Espiritual.

"Surdos, ouvi, e vós, cegos, olhai, para que possais ver. Quem é cego, senão o meu servo, ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o que é perfeito, e cego como o servo do SENHOR? Tu vês muitas coisas, mas não as guardas; ainda que tenhas os ouvidos abertos, nada ouves".    (Isaías 42:18-20)

Esta passagem bíblica traz uma exortação do Senhor, a todos os que, lhe escuta, mas não lhe ouve; todos que, vêem todos seus sinais, mas não enxerga nada. O pior cego é aquele que não quer enxergar. Os fariseus não quiseram enxergar aquele milagre porque ficaram na lei de Moises, não reconhecendo que Jesus é maior que Moises.
No texto de João, os verdadeiros cegos são os fariseus. Estes sim pagam pela ignorância dos seus ancestrais, por causa de falsos ensinamentos como: “Deus castiga”, “a ira de Deus cairá sobre vocês”, você paga pelo pecado dos seus pais”, entre muitos outros. Aqui em João, Jesus está nos dizendo que Deus é amoroso, justo e verdadeiro, e este verdadeiro Deus é que devemos entender, temos que discernir o certo e o errado e somente isso já nos é complicado até os dias de hoje!
Quando em nossa ignorância, ensinamos uma idéia falsa de Deus (que é o mesmo que apresentar falsos deuses), esta idéia segue em nossas gerações, e é este o castigo, este é o preço. Quando assim o fazemos nós cegamos as nossas gerações, (cegos guiando cegos). As exatas palavras de Jesus são: “Para um discernimento é que vim a esse mundo: para que os que não vêem , vejam, e os que vêem, tornem-se cegos”. Jesus ainda hoje abre os olhos aos cegos. Ele é a luz que, vinda ao mundo, ilumina todo homem.
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13.8).

O Reencontro com o Mestre:  Quando Jesus fica sabendo que o cego de nascença  que curara estava sendo perseguido, vai até ele, e se revela a ele como o Filho de Deus. “Crês no filho do homem?” Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu nele creia?” Jesus lhe disse: “Tu o vês, é quem fala contigo”. E o texto diz que o cego faz sua confissão de fé, e adora a Jesus.

Conclusão:  Deus, reconheço que tenho andado em cegueira. Frequentemente tropeço nas pedras do caminho e sou assolado pela escuridão das dúvidas e incertezas. Dá-me da tua luz. Em nome de Jesus.

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