segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"Onde estava Jesus durante os três dias entre Sua morte e ressurreição?"



1 Pedro 3:18-21 afirma:  

“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o batismo, não do despojamento da imundícia da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo”.

Quem são estes "espíritos em prisão" a quem Cristo pregou?

Agora analise I Pedro 4:6:

“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito”.

Jesus pregou aos mortos ... quem seriam estes mortos?

VEJAMOS CINCO INTERPRETAÇÕES DE GRANDES ESTUDIOSOS DA BÍBLIA

1-Jesus, em algum momento entre Sua morte e ressurreição, desceu em espírito ao Hades onde pregou aos espíritos em prisão, ou seja, espíritos das pessoas que no tempo de Noé, (por não acreditarem e rejeitarem à mensagem pregada por Noé), morreram no dilúvio, que embora punidos uma vez, não tiveram o privilégio de participar da redenção definitiva, dada a eles agora, com a morte e ressurreição de Cristo, e, que são chamados, graças à bondade de Deus, para a vida em Cristo. 

2- Jesus após seu padecimento, proclamou uma mensagem aos seres espirituais (provavelmente anjos caídos; veja Judas 1:6) que de alguma forma tinham relação com o período anterior ao dilúvio no tempo de Noé. O verso 20 esclarece esta questão. Pedro não nos diz o que Ele proclamou a estes espíritos encarcerados, mas não poderia ser uma mensagem de redenção, uma vez que anjos não podem ser salvos (Hebreus 2:16). Provavelmente foi uma declaração de vitória sobre satanás e suas potestades (1 Pedro 3:22; Colossenses 2:15). Efésios 4:8-10 parece também indicar que Cristo foi ao “paraíso” (Lucas 16:20; 23:43) e levou ao céu todos aqueles que tinham Nele crido antes de Sua morte. 

3-Pregar o Evangelho aos mortos, não se trata de mortos fisicamente, mas os mortos espirituais. Certa vez Jesus chamou um homem para segui-Lo, o homem respondeu, deixa primeiro eu ir enterrar o meu pai, e disse-lhe Jesus: deixa os mortos enterrarem seus mortos. Estes mortos que Jesus se referia eram pessoas que estavam mortas espiritualmente, mas estavam vivas fisicamente. O homem entendeu as palavras de Jesus e foi com Ele.
Jesus deixa claro aqui, que os mortos são os homens “vivos” que estão andando sobre a terra.
“Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus”.  (Lc 9:60)
 “E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto” (Apocalipse 3:1)
“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11:25)
Então a terra está repleta de mortos que podem viver.

Jesus pregou também àqueles que morreram sem ter a oportunidade de ouvir o Evangelho. Isso inclui tanto aqueles que morreram antes e depois do nascimento de Jesus.
Romanos 3.23, "todos pecaram e destituidos (afastados) estão da glória de Deus".

No entanto, aprouve ao Senhor Deus salvar alguns por intermédio da fé em Cristo Jesus (não por meio das obras para que ninguém se gloriasse de seus méritos pessoais, Efésios 2.8), e para tanto ele optou em se utilizar da "loucura da pregação" (I Corintios 1.21) justamente para confundir os mais esclarecidos da terra.

4-Alguns dos teólogos; crê que esses versículos significam o seguinte: Jesus em espírito (ou seja, antes de assumir a forma humana) estava em Noé pregando aos seus contemporâneos para que se arrependessem. Isso pode ser lido em I Pedro 1.10-11 da mesma carta: 

"Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, investigando atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstancias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiram”. 

Por que esses "espíritos em prisão não pode ser demônios? 

Porque o cap. 3.20 diz que esses "espíritos em prisão" eram "rebeldes" quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé. O texto deixa claro quem são esses personagens, são os contemporâneos de Noé e não demônios. Mas por que Jesus não pode ter ido a eles num período entre seu sepultamento e ressurreição? Por alguns motivos:
Jesus, quando estava à beira da morte disse: "Está consumado" (Jo 19.30). Isso quer dizer que Ele não tinha nada mais a fazer. Então, o que Ele ia fazer no inferno, se tudo já estava concluído? 

O brado que o Salvador deu na cruz foi: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito"! (Lc 23.46). O espírito de Jesus foi para as mãos do Pai, não para o inferno. 

Todas as passagens do NT falam da vitória de Jesus sobre os inimigos de Deus indicam que essa vitória se deu na cruz, e não depois dela (Cl 1.20; 2.14; Hb 2.14). 

Conforme a Bíblia declara que os mortos não são espíritos em prisão, e que os espíritos em prisão são; nada mais nada menos que os anjos desobedientes.

Vejamos 2º Ped. 2: 4 – Por que, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançados no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo.
Judas 6 – E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia.
Veja também Gn 6.2.

5- Os “espíritos em prisão” foi um termo empregado por Pedro aos rebeldes dos dias de Noé, pois durante a construção da arca, o Espírito de Cristo estava sobre Noé que pregava a esse povo a justiça, mas, porém esse povo não se arrependeu e com isso apenas oitos almas se salvaram.

E o mesmo Pedro declara que Deus não perdoou esse povo, então o que Jesus iria fazer lá no inferno pregar a eles? Veja o que o mesmo Pedro disse: E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios”(2 Pedro 2:5)

Deus havia feito um plano de salvação a esse povo, mas era através da pregação de Noé, mas não a aceitaram.

A Bíblia não nos dá uma ideia clara sobre o que exatamente Cristo fez durante os três dias entre Sua morte e ressurreição. Entretanto, ao que parece, Ele estava pregando a vitória sobre os anjos caídos e/ou descrentes. Jesus não estava dando à esses espíritos uma segunda chance para salvação. A Bíblia diz que vamos enfrentar julgamento depois da morte (Hebreus 9:27), não uma segunda chance. Não há nenhuma resposta definitivamente clara para o que Jesus estava fazendo durante o período entre Sua morte e ressurreição. 
Talvez seja este um dos mistérios que vamos entender uma vez que cheguemos à glória.

Para todos, eu deixo este versículo:

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”
(Deuteronômio 29.29)


2 comentários:

  1. Pastora Nadia é um prazer participar desse blog foi a resposta mais coerente que pode ler sobre esse asunto compartilho da mesma idéia e linha de raciocínio, não há especulação na resposta mas a verdade daquilo que ainda não sabemos, que são os msterios da morte de Jesus Cristo, que DEUS a abençoe

    ResponderExcluir
  2. Pastora Nádia, gostei muito de seu post, porém não acredito que existem mistérios que não nos serão revelados. Talvêz não estejamos prontos para compreender assim como a maioria dos Judeus na época de Cristo. Ou mesmo, não estejamos buscando da maneira certa, por ter cauterizado certos conceitos em nosso meio, tal como nos tempos de Cristo.

    10 E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
    11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
    12 Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
    13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
    14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis.
    15 Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.
    16 Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
    17 Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.

    Eles não compreenderam princípios simples para nós hoje, pois eles tinham em seu meio as tradições, hábitos e ritos da lei de Moisés.

    Parabéns pelo post muito proveitoso

    Rogério Machado

    ResponderExcluir

Deixe aqui o seu comentário

Seja Bem Vindo!

Seja bem vindo!
É um prazer ter você em meu blog. faça o seu comentário, deixe a sua mensagem.