QUAL O
SIGNIFICADO DE JOÃO 16:8, QUE DIZ: “Quando ele vier [Espírito Santo] convencerá
o mundo do pecado, da justiça e do juízo”?
Resposta:
O referido
texto nos traz uma assertiva, de que não se pode duvidar: primeiro pelo fato de
que aquele que falou não mente; segundo, pelo fato de não deixar dúvida o texto
daquilo que aconteceria tão logo o Espírito Santo fosse enviado; a saber, o
mundo seria convencido do pecado, da justiça e do juízo.
Erroneamente,
a grande maioria dos cristãos pensa referir o texto à obra do Espírito Santo de
convencer o pecador, concernente à sua condição, a fim de conduzi-lo a Cristo.
Entretanto, note que não é isso o que diz o texto. Antes, afirma,
categoricamente, que o Espírito Santo convenceria o mundo. Nesse sentido, pode-se
afirmar que o que se diz, não se refere a uma possibilidade, mas ao que o
Espírito faria; não ao pecador, mas ao mundo.
Então, o que
de fato afirmou o Senhor? Veja como o próprio Jesus nos esclarece nos
versículos posteriores: "do pecado, porque não creem em mim; da justiça,
porque vou para junto do Pai; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está
julgado" (Jo 16:9-11).
Ou seja, o
mundo seria convencido destas três coisas, tão logo o Espírito Santo fosse
enviado.
Assim, a vinda
do Espírito Santo seria uma prova a respeito da identidade de Jesus e dos
resultados de Sua obra. Como os judeus não criam n'Ele, o Senhor então deu-lhes
um sinal. Como que lhes dissesse: Eu voltarei para o meu Pai. E, para que vocês
tenham a constatação de que de fato entrei na glória, que tive com o Pai desde
o princípio, eu enviarei, do céu, uma prova: enviarei o Espírito Santo. Quando,
portanto, vocês virem descer o Espírito sobre os discípulos, e por seu
intermédio realizar as minhas obras, sabereis quem eu sou; isto é, sabereis que
sou o Messias prometido. Assim, ficarão convencidos do pecado, de não terem
acreditado em mim. Quando virem o Espírito Santo descer sobre minha igreja, e
capacitá-la a cumprir a minha vontade, saberão que fui para o Pai, que entrei
em Sua presença e fui por Ele recebido e aceito. Assim, serão convencidos a
respeito da justiça; ou seja, terão a prova de que, como homem, não somente
pratiquei plenamente a justiça, mas, conforme as profecias, sou a própria
justiça. Razão porque voltei e permaneço na presença do Pai. Do contrário,
jamais teria entrado na glória; mas, como qualquer homem pecador, desceria ao
hades e lá permaneceria. E que virem vocês o Espírito Santo derramado sobre os
apóstolos, terão o testemunho que a minha morte não foi uma morte qualquer, mas
a morte do Justo, que julgou este mundo e o seu príncipe.
A vinda do
Espírito Santo dependia da ressurreição de Cristo. Pois, se Cristo não
ressuscitasse, Ele também não voltaria para o Pai. Se não voltasse ao Pai, não
poderia enviar o Espírito Santo. E, se o Espírito Santo não viesse, isso seria
prova de que Jesus NÃO ERA O MESSIAS. O contrário também é verdadeiro. Se o
Senhor ressuscitasse, voltaria ao Pai, entraria em Sua glória, e, de lá,
enviaria o Espírito, como testemunho de Sua ressurreição. E foi isso o que
aconteceu.
No dia de
pentecostes, declarou Pedro declarou, dizendo: "Exaltado, pois, à destra
de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isso que
vedes e ouvis [...]. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de
que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo" - At
2:33 e 36.
O mundo,
representado por aqueles que estavam em Jerusalém no dia de pentecostes -
homens vindos de todas as nações que havia debaixo do céu (At 2:5) - naquele
dia obteve a prova, o testemunho, de que Jesus é de fato o Cristo. A Sua
ressurreição é prova disso; e o derramamento do Espírito é prova incontestável
de Sua ressurreição. Naquele dia o mundo foi convencido, isto é, obteve a
prova, da verdade a respeito do Filho de Deus e das consequências de Sua morte.
(Bispo
Alexandre Rodrigues – Ministério de Volta à Palavra)
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